sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Desconectada


Me impressiona como o ano parece escorrer por entre os dedos a partir de outro em uma velocidade louca e depois se arrasta lentamente, como um caminhar suave e lânguido pelas areias até o carnaval.

Ontem meu pai me criticou porque passei a semana deitada assistindo filmes e paparicando a Vivica, me enviou 3 livros porque disse que era uma boa maneira de passar o tempo.

Isso me fez pensar... Que mania essa de preencher o tempo, de ser útil, de achar algo que me acrescente, me faça mais inteligente, bela, sagaz, culta, interessante? De atender a todos os telefonemas, de receber (e ler) todos os emails, de estar "conectada" o tempo todo?

Como trabalho na área da educação sei do compromisso de estar conectada, da geração Y, mas tem que ser sempre assim?

Não. Não tem.

Reservo-me o direito de passar uma semana sem ler grandes teólogos, de não tomar conhecimento da saúde dos presidentes, de não saber as últimas fofocas da turma, tampouco de atualizar meus status!

Tenho direito de ouvir a chuva, de camisola, de curtir a forma como os cachorros ficam procurando o melhor lugar pra deitar e tirar a soneca vespertina. Tenho direito de não estar com o cabelo impecável, e de não fazer mais uma receita fantástica.
O tempo de desconectar de fora, do que acontece ao redor, pra ver o que acontece aqui em mim....

E vale a pena viu?!

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