dissertação lausamar

YAMP!! A LIBERDADE E A CRIATIVIDADE

Dar um berro, um YAMP forte e bárbaro, é o que faz de um dos personagens do filme Sociedade dos Poetas Mortos, tornar-se poeta.
Com a poesia de Walt Whitman, o professor, filósofo e principalmente educador John Keating, desperta o jovem Todd Anderson e com poesia e educação faz com que jovens garotos de uma escola tradicional tornem suas vidas extraordinárias.
Apesar do filme se passar nos anos 50, ainda hoje temos uma sociedade que “mata” seus poetas, aniquilando o que é diferente, o que contesta numa cultura de massificação e pasteurização. De sentimentos refinados e vidas comuns. Ainda hoje necessitamos de jovens que se oponham, gritem, contentem e principalmente pensem livremente.
Carpe Diem quam minimun credula postero é o axioma latino usado pelo professor quando incute nos alunos a vontade de viver bem a vida “aproveite o dia, confia o mínimo no amanhã”, educando-lhes para a sede de viver bem, de fazer valer a pena, de educar com responsabilidade e de verificar naqueles adolescentes a vontade de transformar as vidas.
É louvável a atitude de um professor que enche de estímulos e coragem jovens doutrinados e formados a seguirem padrões pré determinados.
O suicídio de um dos personagens, o confronto da influência do professor e a veemente negativa do pai ante a escolha dele em abandonar a medicina e se dedicar ao teatro põe na balança as duas formas de educar, coloca em questionamento a formação de um garoto que se mata com o revolver do pai e ilustra uma das poesias citadas no filme "Colham logo seus botões de rosa, pois o tempo vem correndo. As flores que hoje estão cheirosas amanhã estarão morrendo."
A cena final do filme, em que os jovens levantam e homenageiam o professor em sua despedida, com o chamando de capitão e em pé em suas cadeiras mostram que a tarefa desse professor foi bem feita e que uma mudança realmente acontece nesses jovens e que como no filme, de forma criativa eles foram até a floresta, que viveram profundamente e que eliminaram tudo o que não era vida.