quarta-feira, 11 de março de 2009

+ do mesmo.

Volto a falar do aborto da garota de 9 anos, mas esse assunto não me sai da cabeça...
Acabei de chegar da faculdade e visitando o blog do Pe. Joãozinho, scj, dei de cara com esse texto que é um presente.
Essa semana não tive ânimo de ler os jornais. Cada texto, cada crônica é uma ofensa despropositada ao senhor bispo Dom J. Cardoso Sobrinho. Tive vontade de cancelar minha assinatura da Folha como fiz com a Veja na última reportagem dela sobre músicos católicos.
Ontem, o Cony, ex seminarista, hoje ateu me fez acreditar que existe vida inteligência na mídia e hoje, essa benção de missiva que abandona a figura para se voltar ao fundo.
É muito mais fácil ( e vende mais) linchar um bispo da Igreja do que verificar o estado de anomia e relativismo que enfrentamos.
Não vejo outra saída senão os joelhos no chão e a coragem de encarar a realidade de alguns membros da Santa Igreja.
Abaixo o texto que blog do padre foi retirado do portal católico (www.portalcatolico.com)


Questiona o novo arcebispo do Rio de Janeiro

Por Alexandre Ribeiro

BRASÍLIA - O novo arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, considera que uma pergunta não foi feita no caso da menina brasileira de nove anos estuprada pelo padrasto, tendo ficado grávida e os fetos submetidos a aborto: «por que chegamos a isso?».
Antes de desenvolver o artigo em que comenta o caso –texto difundido ontem pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)–, o arcebispo chama a atenção para o fato de que muito do destaque da mídia brasileira ao episódio foi dado por emissoras de comunicação «mandadas por grupos religiosos independentes».
Ao prosseguir seu artigo, Dom Orani questiona: «quando uma pessoa que, tendo seus desequilíbrios emocionais, é capaz de usar sexualmente e brutalmente de uma criança a sociedade deveria se perguntar: “por que chegamos a isso?”».
«Do modo que coisas se movem no mundo, é bem capaz que o que hoje é crime amanhã seja virtude, como já aconteceu em muitas outras situações – veja-se nesse caso toda a campanha pró-aborto.»
No caso da gravidez da menina, Dom Orani considera que «a magistratura só soube oferecer um tipo de ajuda: a de matar a criança por nascer e ainda ameaçando a mãe da menor que estava nessa situação. Fala-se tanto de direitos para todos e critica-se a Igreja por defender a todos».
«Interessante é o depoimento da mãe da adolescente, que testemunhou que o único lugar em que não foi maltratada e sim respeitada foi o escritório da Caritas. Em todos os demais lugares só recebeu acusações e maus-tratos», escreve.
Mas –prossegue Dom Orani– «a pergunta ainda continua: por que essas coisas acontecem? A nossa resposta está na mudança de época e de cultura que ora vivemos».
«A desvalorização da vida, da família, dos valores, da fé acabou conduzindo-nos a um estilo de vida hedonista, subjetivista, consumista e laxista, que parece não ter volta.»
«Mas nós acreditamos que o nosso mundo tem jeito! É essa nossa esperança e nossa luta!», escreve.
«As situações degradantes e complexas irão aumentar enquanto não avançarmos para uma sociedade moderna, onde as pessoas se respeitam, respeitam a vida e sabem cultivar valores.»
«Enquanto vivermos na “idade da pedra”, resolvendo as coisas matando os inocentes e criando violência em nossa frágil sociedade, o homem sempre terá saudade da utopia do “mundo novo”», afirma o arcebispo.
Dom Orani convida os católicos a pensarem «sobre esses caminhos por onde hoje andamos enquanto vivemos a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, que questiona justamente as bases de nossa sociedade», ao discutir a questão da violência e da segurança pública.
«Da resposta que dermos a essas interrogações dependerá o nosso futuro», afirma.

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